A grande bailarina clássica Ana Botafogo está em São Paulo, desde ontem, no Teatro Geo, apresentando-se com Vera Lafer e a Studio 3 Cia de Dança e a Cia Sociedade Masculina. O espetáculo chama-se Cisnes, e se inspira em todos os grandes balés que tomaram o animal como assunto sobre músicas de Villa Lobos, Tchaikowsky, Saint Saens, Schubert e Sibelius. A direção e concepção são de Anselmo Zolla. As coreografias são dele, Luiz Arrieta e Olaf Schmidt, que também participam como bailarinos. No dia 28, Vera Lafer e a Studio 3 Cia de Dança apresentam outro espetáculo, no Teatro Sergio Cardoso. Trata-se de Permeados, coreografia de Jomar Mesquita e Rodrigo de Castro, com participação especial de Cauby Peixoto, cantando músicas de Baden Powell.
E mais dança, no sábado e domingo, no Sesc Bom Retiro:o Grupo Tápias Cia de Dança apresenta o espetáculo Abundância. São duas coreografias: Too Much, inspirada nos 7 pecados capitais, e Que Dia é Hoje, inspirada no texto Exigencias da Vida Moderna, de Luiz Fernando Veríssimo. As coreografias são de Flávia Tápias, que vive em Paris, e que as dança com Alexandre Bado.
O domingo traz para a cidade duas opções culturais gratuitas, uma popular e uma erudita, mas de igual qualidade e interesse. A primeira é a apresentação da cantora Vanessa da Mata, à tarde no Parque da Juventude, cantando só músicas de Tom Jobim. O show faz parte do projeto da Nivea, que homenageia os 50 anos do primeiro disco solo de Jobim, produzido nos Estados Unidos. Foi o mesmo ano da gravação do disco de Stan Getz e Astrud Gilberto cantando Jobim, também nos Estados Unidos. O projeto tem curadoria e direção de Monique Gardenberg e arranjos de Eumir Deodato. Quem já viu o espetáculo em Salvador, Recife, Brasília e Porto Alegre garante que é muito emocionante,e não há como duvidar disso.
A segunda opção é a apresentação da Orquestra Sinfônica de Yale, formada pelos alunos da universidade americana, regidos pelo maestro Toshiyuki Shimada, domingo à noite na Sala São Paulo. Trata-se de um evento especial da temporada de 2013 do Mozarteum Brasileiro. No programa, a abertura da ópera Guilherme Tell, de Rossini, a Sinfonia nº 5 de Beethoven e Quadros de Uma Exposição, de Mussorgski. Sabine Lovatelli, do Mozarteum, que tem muita ligação com todas as grandes escolas de música da Europa e Estados Unidos, garante que estes jovens são incríveis instrumentistas e que fazem o maior sucesso onde quer que se apresentem. Também não há porque duvidar.