O pintor Candido Portinari completaria 110 anos no dia 30 de dezembro. Sua cidade natal, Brodowski, só foi elevada à condição de município dez anos depois disso, há exatos 100 anos. O duplo aniversário é a razão da festa que a Secretaria de Estado da Cultura preparou para amanhã à noite: um sarau musical com cantigas regionais, na esplanada bem em frente o museu, onde está também a bela capelinha que ele pintou. Quem não conhece, e estiver por perto, não deve perder esta oportunidade de visitar o museu, instalado na casa que foi da família Portinari, com muito do acervo familiar, e obras do pintor, inclusive sobre as paredes. A música ficará a cargo da dupla Ricardo e Thiago, que escolheram canções típicas do homem do campo, e que marcaram a região de Brodowsky nestes cem anos.
Quem ficou por São Paulo pode ir conhecer o Museu da Casa Brasileira, na Faria Lima, em cujo jardim estão expostos, neste momento, balanços criados pelo designer Zanini de Zanine. Os balanços ficam no museu até o dia 30 de janeiro. E podem ser utilizados pelos visitantes. Fazem parte de uma série, criada em parceria com o BoomSPDesign, de Beto Cocenza, que já instalou no jardim do MCB, em momentos diferentes, bancos e balanços do inglês Tom Price e de Sergio Mattos.
Quem estivar com filhos em férias no Rio, em Poços de Caldas ou São Paulo, pode procurar o Instituto Moreira Salles, a partir do dia 2 de janeiro para inscrições em atividades ligadas à cultura. Para crianças a partir de 7/8 anos. As sedes do Rio e Poços, que foram residências da família Moreira Salles, têm seus próprios jardins. A de São Paulo utiliza a Praça Buenos Aires, em frente. Todas têm alguma ligação com a fotografia, que é a essência do imenso acervo do IMS.
E a última exposição que foi inaugurada na cidade este ano foi a de Nair Kremer, na Galeria de Arte Hebraica, no Clube A Hebraica, com entrada pela Rua Hungria, ou seja, de frente para a marginal do Pinheiros. A mostra abriu no sábado e reúne desenhos, pinturas, serigrafias e instalações, numa homenagem da artista e arte-educadora a Clarice Lispector. A mostra chama-se Territórios Afetivos, e as obras se pautam pelos títulos mais famosos da escritora, como A Paixão Segundo G.H., Perto do Coração Selvagem, a Hora da Estrela, entre outros. Aberta de terça a domingo, até 18 de fevereiro.