O Parque do Ibirapuera se abre, nestes dias, para uma festa da arte. Por causa da SPArte, a grande feira de arte paulista, hoje a maior da América Latina, que ocupará dois andares e o mezzanino do prédio da Bienal do dia 2 ao dia seis de abril, os demais museus do parque apresentarão mostras muito especiais. Por coincidência Museu de Arte Moderna e Museu Afro Brasil apresentam recortes de duas importantes coleções particulares.
A SPArte aumenta a cada edição. Nesta décima, são 136 galerias, 78 nacionais, de oito capitais, e 58 estrangeiras, de 17 países. Entre estas, 12 da lista de 23 mais importantes do circuito internacional da revista Art Review, como Gagosian, Pace, White Cube, Franco Noero e a brasileira Luisa Strina. No ano passado, graças à isenção do ISS, dada este ano também, o valor das transações quase chegou aos R$ 100 milhões.
No MAM, com curadoria de Paulo Herkenhoff, estará espalhada, a partir de segunda-feira, a coleção Fadel, do Rio de Janeiro. A mostra abriu o Museu de Arte do Rio, MAR, e agora vem a São Paulo com o acréscimo de novas aquisições. No menu deste riquíssimo acervo brasileiro, obras que vão dos modernistas aos concretistas, portanto dos anos 20 aos 70. Nomes importantes como Lygia Clark, Helio Oiticica, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Alfredo Volpi e muitos outros. São mais de 200 obras expostas até 15 de junho.
O Museu Afro Brasil apresenta a partir de hoje coleção particular de seu fundador, o artista plástico, curador, museólogo Emanoel Araujo, reunida ao longo de 50 anos. A seleção de Araujo é baseada no convívio com as gerações de artistas que conheceu nestas décadas, independente da importância que tenham ganho no mercado. Na coleção há nomes importantes que não frequentam os grandes acervos, como Aldemir Martins, Norberto Nicola, Antonio Henrique Amaral, Gilberto Salvador, Newton Mesquita, Marcelo Grassmann, Carlos Scliar e muitos outros. Ela conta a história de como se formou o mercado de arte em São Paulo, desde o tempo em que só havia na cidade duas ou três galerias. Até 27 de junho.
E ali perto do Ibirapuera, na Rua Caconde, a galeria Almeida e Dale faz uma importante exposição de Alfredo Volpi, com curadoria de Denise Millan, que visita a obra inteira do artista, dos anos 20 aos 70. São 80 obras, muitas emprestadas por colecionadores. Só uma minoria estará à venda.
Boa Noite.