No Yoga, encontros e celebrações para o autoconhecimento

Ritual: SATSANGA
A palavra Satsanga vem originalmente da combinação da palavra Sat = verdade, existência absoluta que é Brahman, e Sanga = companhia, união.
É uma confraternização entre os praticantes de Yoga e o Mestre, para que possam ser trocadas perguntas e respostas sobre dúvidas que existem ao longo do caminho espiritual.

Trata-se de um momento para compartilhar e refletir sobre o autoconhecimento. Esse ritual tem um propósito devocional, ao mesmo tempo em que são cantadas Kirtans (cantos devocionais) e Japa (repetição de nomes e mantras sagrados).

Em uma atmosfera mais descontraída, aqueles que desejam se aprofundar no conhecimento de si mesmo questionam ‘Quem sou eu?’ e também sobre valores universais, a verdade e a não violência, a consciência do Dharma (caminho), o papel de cada um na sociedade e as escolhas de suas ações, a lei universal de causa e efeito.

Jnana Yoga (o caminho do conhecimento através de estudos) é o caminho para quem quer se conhecer mais profundamente dentro dessa filosofia. Reflexões sobre o Atman, o Ser imutável. A Verdade absoluta revelada nos Vedas (textos antigos indianos) nasce a partir da prática do desapego (Vayragia). Com isso, a realidade, o verdadeiro Ser se revela, liberando o indivíduo internamente enquanto em vida.

É comum em um Satsanga as pessoas levarem flores para ofertar ao Guru (Mestre espiritual) e também frutas para partilhar ao término do ritual.
 
Ritual: PUJA
Puja significa adoração, reverência. É um ritual religioso na tradição Hindu, como oferenda a várias deidades (deuses e deusas). É realizado em diferentes ocasiões para celebrar datas, nascimentos, mortes.

É algo parecido com a religião católica, que dedica uma data especial para cada santo. Seu significado é uma ideia de doar amor incondicional e receber suas bênçãos.

Na Índia existem milhares de templos, os quais são chamados de morada, onde cada um pode ter uma deidade como residente permanente, a quem os discípulos realizam suas orações.

No ritual do Puja são incluídos hinos sagrados em que o Mestre (Swami) dirige a cerimônia. São lidos textos sagrados do Bagavada Guita, textos sobre a vida e trajetória da deidade que está sendo homenageada. A cerimônia dura pelo menos de duas a três horas seguidas, quando são realizadas orações profundas para criar uma aura Divina no ambiente.

São oferecidos flores, incensos, óleos e água, cada um deles com um significado específico no ritual. No altar ficam expostas fotos da Divindade. Frutas e muita comida são abençoadas ali para que no final todos dividam essas bênçãos.

Alguns dos festivais hindus mais populares que acontecem na Índia: Sarawasti, Maha Shivaratri, Ganesh, Durga, Diwali, Lakshimi (representada ao lado), Kali, Guru Purnima. 
Sobre este último, é um evento realizado em época de lua cheia em homenagem a Veda Vyasa, considerado na tradição hindu como o mestre de todos os mestres espirituais. Vyasa é considerado o compilador dos Vedas e autor do épico Mahabarata. Seu significado é que ao ser homenageado todos os seus preceptores também o são.
Em São Paulo, a celebração desse Puja acontecerá no dia 16 de julho de 2011, no Centro Ramakhrisna Vedanta Ashrama, a partir das 9h30, com entrada franca.
 
Fontes: Flooel Gavin, “The blackwell companion to Hinduism” e www.vedanta.org.br

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