Expedicionária relata ao PPOW suas aventuras no Expedição AirCross

Natural de Florianópolis, Maíra Sandri Coutinho tem 26 anos e é formada em Administração de Empresas. Depois de atuar em multinacionais e ter construído uma carreira de sucesso, decidiu deixar tudo de lado na busca de seu bem-estar e estilo de vida.

Apaixonada por esportes e viagens encontrou na Expedição AirCross um lugar ideal para colocar em prática seus sonhos e aprender muito mais sobre os diferentes tipos de culturas ao longo dos 8 mil quilômetros percorridos pelo Brasil.

Confira como a expedicionária relatou a sua aventura para o PPOW!

Seu grande desejo de sempre viajar e conhecer novas culturas que foi o maior incentivo em larga a vida de administradora e seguir nessa expedição?

Na verdade 2010 foi um período sabático para mim. Apesar de ter 26 anos, tenho uma bagagem grande em experiência profissional. Ao longo dos cinco anos de Universidade, onde cursei Administração, em Santa Catarina, fiz estágio em 8 empresas o que me possibilitou ter uma visão sistêmica e maior informação para tomada de decisão em relação ao meu futuro. E assim, ao me formar, participei de diversos processos seletivos de multinacionais e pude escolher a empresa em que queria trabalhar.

Entretanto ao longo desse período percebi que o segmento em que me desenvolvia não era bem aquele que sonhava. A partir dessa constatação comecei a listar meus principais interesses e segmentos em que gostaria de me desenvolver, e foi assim que escolhi dois: esportes e moda.

Continuei na multinacional por mais dois meses até encontrar meu novo desafio, participei de mais um árduo processo seletivo, envolvendo dois mil candidatos por vaga e consegui, mais uma vez, o meu lugar ao sol, iniciando então num novo mundo de trabalho, o mundo da moda.

Ganharia menos, mas isso não foi em nenhum momento um empecilho para minha decisão, estava em busca da minha realização profissional. Sempre gostei de trabalhar e dedicava maior parte do tempo fazendo isso, em São Paulo até deixei a minha rotina de triatleta de lado, e passei apenas a correr, uma ou duas vezes por semana.

No meio de toda agitação e correria, recebi um convite dos amigos para viajar a Fernando de Noronha-PE, não pensei duas vezes e aceitei, tinha certeza que a empresa me liberaria, pois tinha um banco de horas monstruoso.

Mas a realidade não foi bem essa, bem distante da qual eu vivia na multinacional, onde era reconhecida pelo meu desempenho; tive que praticamente implorar para viajar, e isso me magoou. Durante a viagem refleti muito sobre o estilo de vida que estava levando, sempre fui uma pessoa alto astral, dinâmica, do bem, apaixonada por esportes e viagem; mas notei que estava desviando um pouco da rota, da minha essência, ao deixar os esportes de lado.

E a partir disso as coisas começaram a mudar, até que decidi dar um tempo na minha carreira e partir para uma jornada de autoconhecimento, precisava me reencontrar.

Iniciei o ano de 2010 com esse objetivo, viajei um pouco mais, desbravei outras culturas, levei a meditação mais a sério, estudei mais, comecei a formatar meu próprio empreendimento, entre outros projetos. Sempre fui apaixonada pelo mundo dos negócios, quando era criança brincava de escritório, tinha até uma maleta de couro, recheada de pastas com relatórios e cheques; inspirava-me no meu avô, um grande empreendedor. Minha profissão como Administradora não foi deixada de lado, o que aconteceu em 2010 é que a gestão passou a ser da minha vida, precisava de um novo foco profissional.

Ao iniciar minha careira sonhava em ser CEO (Chief Executive Officer) de uma multinacional, hoje, sonho em ir atrás de todos os meus sonhos, que à medida que são conquistados se renovam. Sonho muito e sonho alto, e se não fosse isso não teria chegado até aqui.

A expedição AirCross foi uma maneira maravilhosa de encerar este ano sabático para mim. Agora para 2011 inicio um ano repleto de novos desafios e em busca de um foco profissional muito alinhado a esportes, equilíbrio, viagens e bem-estar.

Como foi a experiência de passar a noite numa tribo indígena?

Foi maravilhosa! Fomos muito bem recebidos na Aldeia Tritopá – MT. Participamos de um esporte-ritual muito importante na tribo, que foi a corrida de toras de buriti, praticado pelos Xavantes.

O esporte consiste numa disputa entre duas equipes que correm revezando toras de buriti que chegam a pesar 120kg, onde o percurso pode ir até 15 km!! Ao final da corrida, a equipe que perde deve realizar um ritual de dança. Esse ritual foi bem marcante, lembro dos sons até hoje. Brincamos com as crianças, interagimos com os anciões, nos reunimos em uma roda dando as mãos para celebrar o dia e jantamos juntos um cozido de batatas que o nosso Chef fez para a tribo- nós com talheres e eles com as mãos.

Queria conhecer muito mais, mas infelizmente tivemos só meio período do dia para esta vivência; além disso o idioma também foi um fator que me restringiu bastante, já que pouquíssimos índios falavam português. Mas com certeza adoraria voltar, e passar mais tempo.

Qual foi seu maior desafio nessa expedição? O que você sentiu mais dificuldade?

Foi passar tanto tempo dentro de um carro!! Sou uma pessoa muito ativa, treino diariamente as modalidades do triathlon: corrida, natação e bike, além de ter atividades como aulas de dança de salão, yoga, musculação e body balance. Então passar até 15 horas dentro de um carro foi o maior desafio possível!

Que outros esportes vocês tiveram a oportunidade de praticar?

Praticamos diversos esportes. Os mais repletos de adrenalina foram:

– O rapel de plataforma mais alto do Brasil, 90 m! Em Bodoquena, a 55 km de Bonito, no estado do Mato Grosso do Sul.

– Uma das tirolesas mais altas do Brasil (102m de altura e 320m de extensão) Localizada no município de Buritinópolis, no estado de Goiás.

– Pêndulo atravessando uma cachoeira! Um dos esportes mais sensacionais da expedição. Também foi em Buritinópolis, a 22 km de Mambaí.

Além de cascading, trekking, mountain bike, escalada, mergulho e Stand Up Paddle. Não preciso nem dizer que sou apaixonada por adrenalina, né?

Como foi a experiência com as diversas culturas nas quais vocês tiveram contato?

A experiência foi incrível! O que mais me impressionou em toda a expedição foi o aprendizado cultural. A diversidade do nosso povo brasileiro, as raízes e a preservação de determinadas culturas. Tive a oportunidade de passar um dia num quilombo, ser hospedada por uma família de ciganos, conduzir uma boiada com os pantaneiros e passar uma noite numa tribo indígena. Além dessas experiências mais exóticas, tive a oportunidade de conviver com pessoas muito distintas e que vivem uma realidade completamente diferente da minha, e isso foi muito especial e é o que levarei para minha vida!

Para quem tiver curiosidade, aproveito para convidá-los a ler um pouco mais sobre as minhas experiências no blog da expedição: http://www.expedicaocitroen.com.br/Blog

Todos os expedicionários tem um espaço seu no blog, é só selecionar pela fotinho.

Na sua opinião qual foi o lugar mais interessante pelo qual vocês passaram nessa expedição?

Depende do ponto de vista. Em termos de esportes, foi em Goiás. Muitos lugares perfeitos para a prática de esportes radicais. Como na cidade de Mambaí. No ponto de vista cultural, o quilombo de Ivaporunduva, no município de Eldorado-SP, onde vivem cerca de 80 famílias. Agora, em beleza natural, fica muito difícil escolher um lugar, foram tantas paisagens paradisíacas! Mas ressaltaria o Pantanal Matogrossense em si, qualquer lugar que você olha, você se emociona com tanta beleza.

Como foi o desempenho do carro durante o percurso e nos diferentes terrenos do roteiro, terra, lama, pedra, água, terrenos íngremes, etc.?

Surpreendente! O estilo esportivo e aventureiro do carro condiz com seu desempenho. Enfrentamos muitos trechos casca grossa e o AirCross não nos deixou na mão!

Na parte de tecnologia, quais ferramentas tecnológicas o carro possui que auxiliam na sua dirigibilidade?

O carro é sofisticado e moderno. Fiquei impressionada com toda tecnologia! O AirCross possui um sistema de navegação com GPS integrado; tecnologia do computador de bordo e do piloto automático com regulador e limitador de velocidade. Sensor de chuva, faróis com acendimento automático e função follow-me. E o mais legal ainda é que a Citroën, optou por produzir o AIRCROSS com 85% de seus materiais componentes recicláveis e 20Kg de materiais não nocivos ao meio ambiente.

Como foi a resistência dos carros durante a expedição, suportaram bem os obstáculos naturais e necessitaram de manutenção durante os trajetos?

Surpreendente! O estilo esportivo e aventureiro do carro condiz com seu desempenho. Enfrentamos muitos trechos casca grossa e o AirCross não nos deixou na mão!

Você acha que o carro corresponde a proposta dele, de ser um carro urbano, mas que pode ser  utilizado como off-road também?

O estilo esportivo e aventureiro do carro condiz com seu desempenho. Enfrentamos muitos trechos casca grossa e o AirCross não nos deixou na mão!

O que você trouxe de maior aprendizado dessa expedição?

Nossa! Foi tanta coisa! Ainda estou refletindo e escrevendo sobre elas. Foram tantas experiências e novidades que fica até difícil de assimilar tudo de uma só vez! Cada dia da expedição valia por meses de aprendizado! É muito diferente ler sobre algo de viver aquilo.

Ainda estou processando muitas coisas. Inclusive isso revelou um talento que antes não reconhecia, que é a escrita. E somando esse talento a minha paixão de viajar acho que isso poderia me levar cada vez mais longe. Sonho em conhecer o mundo, já viajei bastante, mas minha sede por conhecimento é insaciável, e isso despertou uma vontade de desbravar cada vez mais.

Muito além da beleza natural, das paisagens paradisíacas, do patrimônio histórico, do planejamento das cidades, dos monumentos imponentes, da rica fauna e flora, dos temperos, dos aromas, dos sabores aprazíveis e dos esportes radicais; o que mais me marcou foram as pessoas e seus estilos de vida.

Qual palavra melhor define a Expedição AirCross?

Grandes descobertas.

Fotos: Reprodução/Site Expedição AirCross

Colaboração: Flávio Terceiro