Atriz fala ao PPOW sobre a carreira e de sua paixão pela dança

Por Gleice Arneiro

Luanna Jimenes (Foto: Divulgação)

Atriz e performer, Luanna viu seu nome despontar na cena televisiva após viver a personagem Tifany no seriado “Macho Man”, da Tv Globo, onde atuou com grandes nomes, como Jorge Fernando e Marisa Orth.

Enquanto aguarda a segunda temporada de “Macho Man”, prevista para novembro desse ano, Luanna Jimenes estreia em “Duas Histéricas”, série do GNT na qual viaja com Fernanda Young pelos lugares mais inusitados do Canadá, em busca de aventuras que você pode acompanhar a partir do dia 30 de setembro às 23h15 no GNT.

Diariamente se dedica à investigação do gesto e do movimento, a partir da dança em diversas modalidades, o que segundo Luanna só tem a acrescentar em sua carreira: “Cada ator constrói seu procedimento criativo, não existe regra para isso, pra mim a dança é o procedimento criativo e base para a criação como atriz”.

Acompanhe a entrevista que Luanna Jimenes concedeu ao PPOW:

PPOW: Por que você optou por ser atriz?

Luanna Jimenes: Sempre tive conexão com as artes, cresci dançando balé e outras modalidades de dança. Entrei no teatro aos 15 anos, quando mudei de escola, para fazer amizades e treinar a timidez. Mas aí aconteceu de eu adorar fazer os espetáculos de fim de ano. Mesmo assim, como eu era muito estudiosa e gostava de biologia, achava que faria medicina.

Fui fazer cursinho pré-vestibular pra entrar em uma faculdade pública. Passei dois anos estudando muito sem fazer teatro e querendo medicina. Mas um dia quando fui fazer minha inscrição para o vestibular da Unicamp minha mãe disse: “porque não prestar artes cênicas? Você adora, filha! E você é novinha, se não gostar, você faz outro curso mais tarde”.

Acabei prestando e na prova prática de aptidão que dura uma semana com diversas aulas de interpretação e trabalhos corporais, logo na seleção eu já entendi que aquilo era o que eu amava e queria fazer.

PPOW: Quando e onde começou sua carreira?

LJ: Depois da formação na faculdade, voltei pra São Paulo cheia de expectativa e vontade, porém sem nenhum contato ou possibilidade real de trabalhar. Para não ficar sofrendo eu fui para o Instituto Brincante do Antonio Nóbrega e Rosane Almeida, um teatro escola dedicado às danças e à cultura popular brasileira. Lá fiquei um tempo dançando e estudando dança, canto e música, o que foi muito importante para conhecer a cultura brasileira como a dança capoeira e o teatro-dança cavalo marinho que são festas populares e procedimentos teatrais genuinamente brasileiros.

Essa experiência acrescentou muito porque me trouxe o valor da cultura teatral brasileira, que não é ensinada nas escolas de teatro. Na formação de ator somos apresentados aos métodos e procedimentos de interpretação de escolas européias e norte americanas somente. Depois dessa valiosa experiência no Brincante fui selecionada pelo Núcleo de Artes Cênicas do SESI que é um programa para jovens atores e lá fiz meu primeiro espetáculo profissional com longa temporada no teatro popular do SESI em São Paulo.

PPOW: Como foi selecionada para fazer parte do casting da Globo?

LJ: Eu já pensava e gostaria de um trabalho na emissora, porém me parecia uma chance muito distante. Também porque eu investia o meu tempo em estruturar meu trabalho de atriz a partir da dança e do contato com as artes plásticas e com a literatura, de forma que fui ganhando uma identidade de artista que não me levava pra televisão exatamente.

Até que um dia a Fernanda Young me conheceu em um trabalho de performance que fiz em uma exposição de artes plásticas. Ela me viu fazendo o meu trabalho artístico, e assim acreditou no meu talento e me indicou para um teste para o seriado Macho Man.

PPOW: O que a dança agrega na construção e interpretação de seus personagens? 

LJ: A dança que eu estudo e me dedico hoje não é somente aprender passos. Ela é interessante porque revela uma cultura e um contexto. Por exemplo, o frevo não é apenas aprender a dançar frevo, mas sim, entender que essa dança veio da capoeira, da cultura de rua, da festa popular, ou seja, dançar frevo significa conhecer um tipo de comportamento. A mesma coisa o flamenco que é uma dança tradicional espanhola, carregada de dramaticidade, que revela outro temperamento. Portanto as modalidades de dança acrescentam comportamentos.

Porém também existe a dança que é resultado da investigação das possibilidades de movimento do corpo, por exemplo conhecer a possibilidade de movimento das mãos, dos pés, da coluna, dos braços, e, assim conhecer as expressividades do corpo. Portanto, a dança acrescenta muito o trabalho do ator, tanto as modalidades de dança como a dança resultado da investigação de movimentos. Cada ator constrói seu procedimento criativo, não existe regra para isso, pra mim a dança é o procedimento criativo e base para a criação como atriz.

PPOW: Com base na repercussão que a personagem Tifany de Macho Man trouxe para sua carreira, quais são suas expectativas em relação à segunda temporada do seriado?

LJ: Acredito que a segunda temporada do seriado será fantástica, com duas novas atrizes no elenco, (surpresa!), atrizes maravilhosas e bastante experientes na televisão. É uma honra fazer parte da equipe, os textos são super engraçados, o Alexandre Machado e Fernanda Young entendem de comedia na televisão como nunca vi, são geniais! O diretor, José Alvarenga Junior, da hora que entra no estúdio até a hora que sai, ele sabe exatamente o que está fazendo, o que eu acho surpreendente e me ensina muito.

E quanto à repercussão da Tifany para minha carreira, eu considero algo muito positivo. Só em poder dar essa entrevista e falar das artes como estou falando já me deixa muito feliz.

PPOW: Ao lado de Fernanda Young, você estará na nova temporada de “Duas Histéricas” do GNT. O que espera desse trabalho?

LJ: Eu adorei fazer o Duas Histéricas, foi uma experiência incrível ao lado da Fernanda e equipe. Mas não espero nada, apenas fazer outros trabalhos legais como esse.

Eu sempre me dedico em fazer o melhor e aproveitar o fazer, e não o que acontece depois.

PPOW: Se você tivesse superpoderes, o que mudaria no mundo?

LJ: A relação dos homens com o ambiente e com a natureza, pois a partir do momento em que o homem tiver uma conexão harmoniosa com a sua natureza e o ambiente onde vive, e isso for o mais importante, não estaremos mais tão atolados de problemas sociais.

O PPOW tem 4 canais principais: Brilhe, Explore, Inove e Prove. Indique para cada um deles uma palavra que tenha ligação com seu estilo de vida.

Brilhe: Respire

Explore: Reinventar-se

Inove: Ouse

Prove: Intensamente