Confira a experiência de viagem em Fernando de Noronha, um dos arquipélagos mais belos do mundo

O voo de Recife para Noronha dura em média 1h10 e quando o avião vai se aproximando do arquipélago formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos de origem vulcânica, já dá para ter uma noção de como a natureza local é exuberante. Sim, é realmente tudo o que dizem por aí.

No aeroporto as coisas costumam ser bem tumultuadas, isso porque existem muitas exigências para entrar em Noronha. Uma delas é o pagamento obrigatório da taxa de preservação ambiental. Algumas pessoas se antecipam e pagam a taxa pela internet, mas muita gente deixa para pagar na hora, o que acaba gerando uma filinha básica. Um conselho? Se puder, pague antes.

Taxas

Os valores variam de acordo com a quantidade de dias que a pessoa permanecerá na ilha, quanto mais dias, maiores os valores. Por exemplo: 3 dias custam R$ 211,99; 5 dias saem R$ 347,68; por 10 dias paga-se R$ 602,07 e por aí vai. Dá para ver a tabela de preços neste link.

 

Hospedagem

Existem muitas pousadas em Noronha, algumas muito luxuosas e outras mais simples. Inclusive, há hostels por lá, mas em menor quantidade. Me hospedei na Colina Pousada Spa e amei o lugar. É uma pousada nova com uma equipe muito atenciosa. O café da manhã é maravilhoso e os funcionários preparam mimos gastronômicos que deixam qualquer um mal acostumado, como a tapioca da foto. As suítes são amplas e a arquitetura geral da pousada transmite aquela sensação de acolhimento, sabe? Vale mencionar a piscina também que é bem charmosa.

 

Como se locomover em Noronha

Embora a ilha seja bem pequena, com a segunda menor BR do Brasil (apenas 7km), para se locomover as opções são: na caminhada, ônibus, buggy, guias ou táxis. A maioria das pessoas loca buggies, mas para quem puder eu recomendo a contratação de um guia. Andar com alguém local é outro esquema, por conhecer muito bem a ilha, o guia acaba dando boas dicas de locais que um turista dificilmente acharia sozinho.

Como fiquei com a equipe de corrida da Nike (fomos correr a prova 21k de Noronha), o guia acompanhou nosso grupo em praticamente todos os lugares, inclusive nos levando para passeios bem incríveis, como uma parte isolada da Baía dos Porcos. Nosso guia foi o Cachorrinho, um cara conhecido por praticamente toda a população da ilha (que se resume em cerca de 6 mil habitantes). Cachorrinho é filho de outro guia muito famoso em Noronha: o Cachorro. Se for a Noronha você entenderá melhor essa história canina (rs). Com a grana curta, a melhor opção é o ônibus, que vai de uma ponta a outra da ilha. Táxis em Noronha são caríssimos.

Passeios

Além das praias e trilhas que levam aos mirantes, o mergulho sem dúvida é uma atividade que merece destaque. Noronha é um dos melhores pontos de mergulho do mundo, com média de temperatura da água de 26° e visibilidade de até 50 metros na horizontal. Sem contar a diversidade de vida marinha, na praia do Sueste consegui ver tartarugas e filhotes de tubarão nadando bem próximos da faixa de areia, isso sem equipamento de mergulho. No passeio de barco é possível ver golfinhos e fazer mergulho em alto mar.

A parte chata é que para entrar em praticamente todas as praias e trilhas é preciso pagar por uma “carteirinha de visitante” que é uma espécie de ingresso ao Parque Nacional Marinho. A emissão é feita no ICMBio e o documento custa R$ 99 para brasileiros e R$ 198 para estrangeiros.

Os passeios gastronômicos também valem muito a pena. A Pousada do Zé Maria é uma referência de boa comida em Noronha, mas existem muitos outros lugares incríveis. Os restaurantes “bacanudos” estão localizados dentro de pousadas, mas abrem para o público geral. Ah, tudo lá é muito caro, incluindo a comida. Um suco custa em média R$ 25 e é bem raro achar um prato simples por menos de R$ 50. Portanto, tire o escorpião do bolso 😉

Os bares “Do Meio” e do “Cachorro” são os mais populares de lá e são ótimas opções para curtir uma boa música.

Estrutura geral

A parte que ninguém conta é que Noronha não é só glamour. As casas são bem simples e não há muitas opções de compras. Vi um mercado, um posto de gasolina e duas farmácias. O ideal é levar o necessário de casa. Quase todos os comércios aceitam cartão, embora o sinal de celular (isso inclui todas as operadoras) seja bem ruim.