“Eu seria uma pessoa pobre se não fosse capaz de produzir histórias, de fazer da minha própria vida uma narrativa que posso emendar, apagar e enfeitar.” (Mia Couto.) “

Sabe aquele momento único e especial que todas as mães e pais sabem que precisam realizar com seus filhos mas nunca o fazem? Aquela conexão sem interferências eletrônicas, aquela imersão profunda e de coração, aquela experiência que ficará registrada na memória do seu filho e que será uma sementinha que você irá plantar, a qual florescerá quando ele for adulto e que fará toda a diferença na vida dele? Então chegou o momento de você tomar a decisão certa e entrar de coração nessa história. Apenas 2 horas que farão uma diferença na vida de seus filhos. Assim será a vivência da História ao Livro, que você pode saber o que é e como participar  no texto abaixo.

Da História ao Livro” é o desejo de uma mãe artesã e escritora em se lançar numa criação coletiva entre crianças e adultos. Há um ano nascia as “Edições Bárbaras”: livros e cadernos feitos artesanalmente, um a um no quintal de casa para o mundo. Rodeada e inspirada pelas minhas filhas, escrevi três histórias infantis: “Tiê” (poesia), “Lá do Mirante” (conto) e “Barburina entre o céu e a terra” (narrativa poética). Ao observar o entusiasmo das minhas filhas ao lerem e∕ou escutarem uma história inventada e a alegria em registrar as próprias aventuras na forma de livro surgiu o desejo deste encontro. Expandir essa experiência riquíssima visa compartilhar este exercício literário-criativo de profunda conexão e parceria entre a criança e o adulto.

Da ideia à construção de um livro artesanal junto com seu filho

O que é realizado na vivência?

O ponto de partida é a percepção de que narrar é fundamental para nossa existência. Narrativa aqui entendida como comunicação envolvendo olhares, oralidade, gestos, pausas, escrita, leitura, expressões faciais e corporais. Uma imagem de partida são as narrativas como um gesto de cuidado com o outro. Espaço de (re)significar experiências. Lugar entre mundos, dos mais distantes aos mais conhecidos. Ouvir e ler histórias são caminhos encantados para entrar em contato com experiências das mais diversas. Caminhos que percorremos sozinhos, em nossas leituras silenciosas, ou em bando, em nossas leituras em voz alta. Nessa perspectiva a maternidade reacendeu em mim um lugar de prazer e conexão pelas histórias. Uma memória de infância. Quando chegava a hora em que meu avô reinventava a história da festa no céu, quando minha mãe narrava uma história antes de dormir, quando algum adulto inventava os mais diversos acontecimentos para ressignificar algum fato ocorrido… Potência representada nas rodas de leituras de livros infantis… Só sei que foi assim… Em algum tempo distante… Entrou por uma porta e saiu pela outra, quem quiser que conte outra… É deste lugar da memória que nasce esta proposta de criar narrativas compartilhadas e construir um livro artesanal.

Como é realizada a construção do livro?

Tudo começa com uma uma roda de histórias. Uma criação coletiva entre crianças e adultos. O universo lúdico. Ativar nosso estar criativo é o primeiro passo. Para, então, compartilhar imaginários e investigar a vida através do inventar histórias. Como começar uma história? Com um personagem, um tema, uma questão? Alguém tem uma ideia? A partir deste início circularemos a palavra e cada um criará um pedaço dessa história inventada por várias vozes. Ativar o desejo de narrar uma história inventada faz parte deste projeto. E é no estado brincante de presença criativa que construiremos nossas possibilidades.

“Acredito que esta seja a grande verdade do Ocidente: cada um de nós é uma criatura completa, única, e, se for o caso de oferecermos alguma dádiva ao mundo, ela deverá ser extraída da nossa própria experiência e da realização das nossas próprias potencialidades, e não de quem quer que seja.” (Joseph Campbell.)

Observo, enquanto artista, que a roda e a criação coletiva são o espaço-tempo da arte. A potência de cada um inspira. E nisso há um lugar poético-estético. Quando forma e conteúdo refletem o florescer da potencialidade criativa-coletiva humana. Ao final da roda proponho o registro desta história com palavras e ilustrações. A ilustração como universo dos símbolos subjetivos da história, um mundo da imaginação que em paralelo ao mundo da escrita, com seus signos convencionais, dialoga com forma e conteúdo inventado.

Quando será a próxima vivência?

O próximo encontro será realizado em Ribeirão Preto dentro do condomínio da Sociedade Hípica de Ribeirão Preto no dia 01 de junho de 2018 – das 15h as 17h. Com o objetivo de proporcionar maior atenção e dedicação às produções, as vagas são limitadas para 15 duplas entre pais e filhos a partir de 3 anos de idade.

Investimento: (incluso material para confecção do livro): R$ 40,00.

Esta roda de história promove uma profunda conexão e parceria a partir de uma ativação criativa, roda de invenção de histórias e registro (confecção do livro exclusivo de cada dupla).

Para participar entre em contato com a Bárbara pelo celular (whats app) (11) 97336-7404 ou no e-mail babimsaraujo@yahoo.com.br

Você pode fazer um depósito para garantir sua vaga ou efetuar o pagamento em dinheiro no dia do evento.

Sobre a artista

Barbara Araujo, mãe de duas meninas, atriz, dramaturga, educadora, palhaça, editora artesã e brincante. Nascida em 09 de Fevereiro de 1977. Graduada em Letras Inglês Licenciatura pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), torna-se Mestra em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo em março de 2009 com a dissertação: “Nora e Capitu: Encontros e Desencontros”. Moradora da cidade de Ubatuba desde março de 2016 vem atuando como atriz, palhaça, editora artesã nas “edições bárbaras” e professora de Inglês do projeto Gaiato. Ao longo de 2016 foi professora do curso de Literatura com foco em dramaturgia oferecido pela FundArt – A Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba.