No menu de hoje, uma comédia feita por craques, uma montagem de Carmen, e a arte mágica da japonesa Yayoi Kusama.
O Teatro Gazeta estreia hoje a comédia A Besta, do americano David Hirson, um sucesso em Nova York e Londres. O diretor Alexandre Reinecke chamou para o elenco Hugo Possolo, Ary França e Iara Jamra, rematados comediantes. E juntou a eles o brilho televisivo de Priscila Fantin e o shakespereano Celso Frateschi. Eles formam um grupo teatral inspirado em Molière, na França do século 17. Diálogos inteligentes e divertidos discutem o preconceito dos eruditos contra o mero entretenimento. O público se identifica e gargalha. Até 17 de agosto.
O Teatro Municipal estreia dia 29 uma montagem de Carmen, de Bizet, com talentos importados. O regente é o maestro espanhol Ramón Tebar, e a direção cênica é do italiano Filippo Tonon. A cigana Carmen é interpretada pela mezzo soprano israelense Rinat Shahan, e Dom José é vivido pelo tenor brasileiro com carreira internacional, Thiago Arancam. A história é conhecida, e fala sobre o perigo de se sucumbir ao desejo. As áreas famosas fazem desta ópera um eterno sucesso. A montagem atual incorporou diálogos, fazendo-a mais dramática e compreensível. São nove récitas até 11 de junho.
E o Instituto Tomie Ohtake abriu ontem para o público uma mostra muito especial: uma retrospectiva da obra da japonesa Yayoi Kusama, desde desenhos e pinturas dos anos 50, até suas mais ousadas instalações, de décadas posteriores. O mundo de Yayoi é encantado. Quando ela mexe com luz, cria universos de sonho. A artista tem o gênio dos loucos. Viveu e vive no limiar entre a sanidade e o delírio. Sua arte, porém, não reflete sofrimento. Só magia. Boa noite.