Uma semana de boas novas atrações. Maria Fernanda Candido e Reynaldo Gianecchini estreiam amanhã no Teatro Faap a peça A Toca do Coelho, do americano David Lindsay Abaire. A trama fala de um casal que tenta se recompor e tocar a vida após um perda inesperada. Vão da felicidade plena a um clima de culpa, recriminação e sarcasmo. O texto é ótimo e bem atual, tanto que ganhou o premio Pulitzer de 2007. A direção geral é de Dan Stulbach. A temporada vai até o meio de dezembro.
A Fundação Bienal de São Paulo abre no sábado, para o público, a mostra 30 x Bienal, Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição. De todos os artistas brasileiros ou residentes no Brasil que participaram das Bienais, desde 1951, o curador Paulo Venancio Filho escolheu cerca de 110, numa lista que vai de Volpi a Adriana Varejão, de Danilo di Prete a Beatriz Milhazes, passando por todos os grandes nomes das gerações das décadas de 50, 60, 70, 80 até hoje. As obras mostradas são as próprias apresentadas nas Bienais, ou da mesma série, emprestadas por coleções públicas e privadas. Eu já vi a mostra, e o resultado é uma agradável viagem no tempo, mas com gosto de passado. A maioria das obras escolhidas estão em suportes tradicionais: pinturas, esculturas, desenhos e fotos. A mostra evita mostrar as importantes rupturas que as Bienais documentaram. Mas vale por si, pela qualidade da seleção. Até 8 de dezembro, na Bienal, no Ibirapuera.
A cidade recebe domingo a visita de um dos mais famosos corais do mundo: o dos Meninos Cantores de Viena, que tem uma história de mais de cinco séculos. A apresentação é matinal: 11h no Teatro Bradesco, na Pompéia. Cantam um repertório religioso tradicional, com obras de Mozart, Mendelssohn, Haydn, antigos sucessos vienenses, e peças contemporâneas do grupo Abba e sucessos de Michael Jackson. Adaptados, é claro. Do grupo total de 100 coralistas, São Paulo recebe cerca de 25 deles, todos entre 10 e 14 anos.
E o Credicard Hall será a sede do Alvin Ailey American Dance Theater em sua temporada paulista, que vai de hoje a domingo. O balé, formado apenas por dançarinos afro-americanos, é conhecido pela contemporaneidade de suas coreografias, e pela qualidade de seus componentes. Criado por Ailey nos anos 50, depois dirigido por Judith Jamison, que veio ao Brasil várias vezes, é hoje comandado por Robert Battle. Nos dois programas que o grupo apresenta está a coreografia Revelations, criada por Ailey em 1960, e pelo menos uma obra de Battle.
Estão aí quatro sugestões para públicos diferentes, mas todas imperdíveis.