Protótipo de casa econômica e sustentável de 40m² tem certificação AQUA

Durante a Ambiental Expo 2010 – 2ª Feira Internacional de Equipamentos e Soluções para o Meio Ambiente -, que aconteceu em abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, a Fundação Vanzolini, detentora da Certificação da Alta Qualidade Ambiental – AQUA, apresentou o protótipo de uma casa térrea com 40m², idealizada em conjunto com a Inovatech Engenharia e projetada pelo arquiteto Rodrigo Mindlin Loeb.

A Casa Aqua – patrocinada pela Leroy Merlin -, foi concebida para demonstrar, na prática, possibilidades de soluções que atendam aos critérios do Referencial Técnico de Certificação da Construção Sustentável – Processo Aqua.

O projeto integra vários sistemas e materiais que podem diminuir os impactos das construções no meio ambiente e proporcionar mais conforto e saúde ao usuário.

O modelo reproduz em escala real sistemas como o reaproveitamento de água de chuva, equipamentos que reduzem o consumo de energia, utilização de energia solar e de produtos e materiais recicláveis, entre outros.

Segundo o coordenador executivo do Processo AQUA na Fundação Vanzolini, professor Manuel Carlos Reis Martins, a habitação certificada é mais saudável e confortável, pois além de controle de ruído, calor, odores, qualidade do ar, da água e dos ambientes, privilegia a iluminação natural.

Uma das metas da Casa Aqua é demonstrar que a preocupação com a sustentabilidade e a certificação de um projeto não são necessariamente dispendiosos. Se o projeto for bem executado e racionalizado, o custo da construção sustentável pode ser similar ao de uma edificação convencional.

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Foto: Divulgação

O que ajuda a tornar uma residência sustentável

1. A boa qualidade e a coerência do projeto arquitetônico em relação ao programa de necessidades e ao contexto sócio-econômico-ambiental e à infraestrutura urbana do local.

2. Dentro do item gestão de energia, a norma prevê o uso de equipamentos com o Selo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), além de lâmpadas economizadoras e iluminação das áreas comuns com sensores de presença (a lâmpada só acende se alguém está no ambiente).

3. Previsão de locais para coleta de resíduos nas áreas externas dos empreendimentos.

4. Sistema de tubulações do lado externo da casa facilita a manutenção.

5. Sistema de reutilização de água de chuva: dependendo dos índices pluviométricos, e da área de captação, uma casa pode economizar 50% no consumo de água fornecida pela concessionária e utilizá-la na rega de jardins e descarga nos sanitários.

6. Uso de bacia sanitária com caixa acoplada, que gasta de 3 a 6 litros por fluxo. Dependendo do uso e ocupação do edifício, a utilização de sistemas enonomizadores de água pode reduzir o consumo de 50% até 75%. Uma válvula de descarga convencional gasta aproximadamente 18 litros por fluxo.