“Gaveta de Bolso” abre espaço para armazenar ideias

“Você tem uma ideia. Ela é boa. Ah, vá: é mais ou menos boa. Se estivéssemos em outra época, iria para a gaveta. Hoje uma ideia precisa penar muito para atingir o status de gaveta. Elas no máximo ganham uma estrelinha no e-mail. Por isso, é sempre bom ter uma gaveta, assim, por perto, para guardar o que há de melhor, o que consegue sair das estrelas do Gmail”, brinca a jornalista Juliana Cunha ao explicar o conceito do “Gaveta de Bolso”, criado em conjunto com a designer Luda Lima.

Lançado pela Prólogo Editorial, o livro é um caderninho com desenhos, atividades e textinhos “para distrair o leitor enquanto fala ao telefone, espera o amigo que não chega, economiza a bateria do celular, aguarda o chefe parar de surtar, espera o cachorro acabar de ser tosado ou a serenidade voltar a habitar o seu corpo”.

“A ideia é que o leitor seja, também, autor e vá recheando o livro a partir dos convites que fazemos. Dá para brincar de fazer uma lista de ex-namorados ou ligar os pontos para formar um pote de Nutella”, conta Fernanda Carvalho, fundadora do Prólogo.

Influências assumidas – Segundo as autoras, as referências para o projeto foram o Livro da Nina para Guardar Pequenas Coisas (Keith Haring), Rabiscos (Taro Gomi), Let’s Make Some Great Art (Marion Deuchars), Listography (Lisa Nola), Almanaque da Turma da Mônica (Maurício de Sousa), Caderno de Rabiscos para Adultos Entediados no Trabalho e Caderno de Rabiscos para Adultos que Querem Chutar o Balde (Claire Faÿ) e também coisas menos autorais, como o Livro da Tribo, edições especiais da Moleskine (originais e paralelas), diários de gravidez e aquela caderneta de rabiscos dadaístas que todo mundo tinha antes do telefone fixo entrar em extinção.

Boa pedida para presente de Natal, o livro pode ser adquirido na loja virtual www.prologoloja.com.br e nas livrarias por R$ 39.

Fotos: Divulgação