De Bach a Björk, da música chinesa aos Beatles, de Brahms a Bob Dylan, Escuta só propõe um instigante percurso pelo melhor da música mundial. Organizado em dezenove capítulos temáticos, o livro é uma introdução a algumas das figuras capitais do cânone erudito, explicando em linguagem acessível a arte de mestres como Mozart, Beethoven, Verdi e Schubert.

Simultaneamente, canções emblemáticas de ícones do pop como Frank Sinatra, Kurt Cobain e a banda Radiohead recebem releituras inovadoras. Alex Ross combina textos publicados na revista New Yorker, da qual é crítico musical desde 1996, com amostras inéditas de sua premiada produção ensaística. Saudado como “indispensável” pela revista Entertainment Weekly e elogiado pelo conceituado crítico Roger Ebert, Escuta só foi selecionado pela Time como um dos melhores livros de 2010.
Em sua atuação como escritor e crítico – essa espécie de mediador entre os leitores-ouvintes e os artistas que movimentam o circuito sonoro da cultura humana -, Ross sempre tem combatido o preconceito disseminado de que a música clássica é elitista e autossuficiente, afastada da realidade cotidiana da maioria das pessoas. Por outro lado, o autor de O resto é ruído – Escutando o século XX procura compreender a música pop como uma manifestação legítima e plena de interesse da cultura contemporânea.

Segundo Ross, a música precisa ser entendida – e, sobretudo, escutada – como um modo privilegiado de conhecimento do mundo, chave de acesso a realidades que o discurso racional por si só não consegue penetrar. Por meio de uma prosa livre do árido jargão dos especialistas, o autor demonstra que a boa música não reconhece fronteiras entre gêneros, autores, estilos ou épocas quando se trata de seduzir os ouvidos e corações das pessoas.

“A música é simplesmente o que o compositor cria – uma longa cadeia de obras escritas às quais se ligaram várias tradições de execução. Ela abrange o alto, o baixo, o imperial, o clandestino, a dança, a oração, o silêncio, o ruído. Os compositores são gênios parasitas: alimentam-se com voracidade da matéria sonora de seu tempo a fim de gerar algo novo. Eles passaram por tempos duros nos últimos cem anos, enfrentaram obstáculos externos (Hitler e Stálin eram críticos amadores de música), bem como problemas inventados por eles mesmos (‘Por que ninguém gosta de nossa linda música dodecafônica?’). Mas eles talvez estejam à beira de um renascimento improvável, e a música talvez assuma uma forma que ninguém reconheceria hoje.”

“Escuta só vai deleitar tanto fãs de pop quanto aficionados por música erudita.” – New York Times Review of Books

Lançamento dia 29/07/2011 pela Cia das Letras R$49,50