No Absoluto só muda o maravilhoso sentido do Eterno

De onde vim, para onde vou?

Com certeza, não vim da matéria
Nem do espaço, nem do tempo…
De onde vim?
De lugar nenhum
De tempo nenhum
Um mundo sutil, essencial e potencial
É a base de onde sou
Este é o mundo do passar, de Passárgada
Onde reina o vento errante da transformação divina
Contemplo atos de um eu-personagem
Que irá desaparecer no silêncio de um camarim
Contemplo as ações da peca
E depois esqueço
O que fica?
O silêncio, minha morada eterna
Vim da eternidade, vou para a eternidade

(Mahadeva)

Em paz com Maya (ilusão)

Testemunhando, passando…
A energia entrando no Universo e tomando muitas formas
E em cada forma, o Espírito imutável.
Nenhum sentido de meu, somente a dinâmica e o fluir
Esta vida não é minha vida
Dentro do testemunhar infindo,
Um testemunho como tantos outros já feitos e a serem feitos,
Entretanto sempre tão diferente no Relativo
No Absoluto nada muda
Só o maravilhoso sentido do Eterno

(Mahadeva)

Foto: Ivone Santos © I stop for photographs